domingo, 30 de julho de 2017

Outlander: surpresas na segunda temporada

Por Dora Carvalho

A série de livros Outlander tem fãs devotos em todo o mundo. A autora Diana Gabaldon já vendeu cerca de 20 milhões de exemplares da saga. Os leitores acompanham as aventuras da protagonista Claire Fraser, uma enfermeira de guerra do século 20 que viaja no tempo 200 anos e se depara com uma revolta dos clãs das Terras Altas escocesas, que reinvidicavam o trono para a Casa de Stuart.
Tanto sucesso para os livros motivou o canal norte-americano Starz a adaptar a série para a TV, com sucesso expressivo para a primeira temporada (que eu já falei aqui), que conta o enredo do primeiro volume da saga. A segunda acaba de estrear no Brasil para os assinantes do Netflix, Claro Vídeo e Fox Play.
O lançamento por aqui coincide com o burburinho causado pelos produtores do show na San Diego Comic Con 2017, com a apresentação do trailer e fotos da terceira temporada.
Quando estreou nos Estados Unidos, em abril do ano passado, a segunda temporada de Outlander bateu todos os recordes de audiência do canal Starz para o retorno de uma série, com cerca de 1,46 milhão de espectadores. O público, principalmente o feminino, parece se identificar com as aventuras do casal protagonista Claire e Jamie Fraser, vividos, respectivamente, por Caitriona Balfe e Sam Heughan, cujos personagens e interpretações crescem muito com o desenvolvimento do roteiro para a TV. A mudança de ambiente da trama – da Escócia para a França em alguns episódios – também agradou o público e deu um tom que flutua entre a revolução e intrigas da corte. 
Mais uma vez, são 13 episódios de cerca de 1 hora cada um. O último ganhou um especial de quase 1h30m.
Se o drama da primeira etapa era o desafio de uma mulher do século 20 se adaptar aos costumes de 1743, na segunda, muito mais segura de si, temos Claire Fraiser envolvida em política e guerra entre os anos de 1745 e 1746. A personagem tem de superar os traumas de ter vivido a Segunda Guerra Mundial e a possibilidade de evitar uma outra grande batalha. Mas, como todas as histórias que envolvem viagem no tempo, será que mexer com os fatos e acontecimentos de uma época podem salvar aqueles que ama ou ter consequências desastrosas no futuro?
O roteiro da segunda temporada é fantástico e é assinado por Ronald D. Moore, que continua à frente da produção nas duas próximas temporadas. A terceira estreia em 10 de setembro nos EUA. É possível que a consultoria da própria Diana Gabaldon esteja ajudando a manter o ritmo vibrante do enredo, sem uma preocupação tão restrita com a fidelidade dos livros. É um produto essencialmente para TV e para emocionar os fãs que podem ver materializados na tela toda a riqueza histórica do romance da escritora. Uma característica interessante é a maneira como os roteiristas conseguem aproveitar a participação de todos os personagens ao longo do tempo histórico da trama, provocando surpresas nos espectadores. E o mais importante é a versatilidade desses atores para interpretar diferentes características dos personagens, mas, aos mesmo tempo, provocar lembrança na audiência sobre quem de fato é a referência – se alguém do século 20 ou do século 18.

Outlander é, sem dúvida, uma série para quem gosta de enredos de época com fundo histórico. E a segunda temporada está imperdível.





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