sábado, 6 de agosto de 2016

Esquadrão Suicida: trilha sonora já vale o filme

Por Dora Carvalho

A propaganda e o suspense entorno do filme Esquadrão Suicida (2016) gerou uma grande expectativa entre os fãs de HQs ainda mais por dar destaques a alguns dos tipos mais estranhos e malvados dos quadrinhos da DC Comics. O filme estreou com grande bilheteria – US$ 65 milhões em apenas três dias – mas muitos não ficaram tão empolgados com o enredo. O longa dirigido e escrito por David Ayer (Corações de Ferro/2014 e Velozes e Furiosos/2001) é uma espécie de conexão de Batman vs Superman com o que vem pela frente – personagens como Mulher Maravilha (2017), Aquaman (2018) e Liga da Justiça (2017) logo ganharão as telas. Talvez seja por isso que terminamos Esquadrão Suicida com gostinho de quero mais.
Mas, apesar de a crítica ter torcido o nariz, os primeiros 30 minutos de filme já valem só pela trilha sonora sensacional. Para o deleite dos fãs do bom e velho rock clássico as cenas são encadeadas com a seguinte sequência: The Animals com “The House of the rising sun”; os Rolling Stones aparecem com “Simpathy for the Devil; Black Sabbath é homenageado com “Paranoid”; AC/DC enche de humor a tela com “Dirty Deeds Done Dirt Cheap” e “Bohemian Rapsody” do Queen reforça mais para o final do filme a ideia de que os personagens são adoráveis foras de lei.
O enredo leve ganha força, sem dúvida, com os personagens de Will Smith (Pistoleiro) e, claro, com a Arlequina de Margot Robbie, que empresta uma doce insanidade à personagem. Jared Leto está irreconhecível como Coringa, mas o personagem ainda é uma figura de mistério. Viola Davis, mais uma vez, rouba a cena, perfeita no papel de chefe da força tarefa de assassinos enlouquecidos. 

A verdadeira vilã da trama, infelizmente, fica apagada e não convence. Cara Delevigne no papel de A Bruxa é uma figura pálida e sem muita consistência na trama. Talvez essa seja a principal falha, fator que acabou empobrecendo o roteiro e o ritmo do filme. Mas Esquadrão Suicida resgata algo que há muito os fãs pedem. Um ritmo de história e sequência de cenas mais próximas dos HQs. E ainda a diversão de escolher o malvado favorito.  





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